5 de jan. de 2013

Há uma linha que separa...

Há uma linha que separa: o que somos do que queremos ser, o que desejamos do que temos, o que dizemos do que fazemos, o que sonhamos do que concretizamos, o que mostramos do que sentimos, o que vemos do que olhamos, os amigos dos conhecidos, o tempo daquilo que fazemos dele, os dias das noites. Mas é nessa linha que reside o interesse da vida, em que tudo o que é e pode deixar de ser, a verdade que pode ser mentira, a noite que pode ser dia. É nesse dinamismo e inconstância que encontramos a capacidade de ser diferente. Na dimensão da linha que une e separa, que incluiu e exclui, que junta e divide. É nesta coerente incoerência que nos (re)inventamos e nos (re)construímos.

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